23 de fev. de 2006

Estimativa do acesso a internet até 2010

Cerca de 1 bilhão de pessoas têm acesso à banda larga
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u19375.shtml

Os dados apresentados na fonte acima estimam que até 2010, mais de 1,8
bilhões de pessoas terão acesso a internet usando banda larga. No evento da
Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (http://www.itu.int/wsis/),
realizada em 2005 na cidade de Túnis (Tunísia), promovida pela Organização
das Nações Unidas (ONU), foi definido como meta fazer com que todas as
localidades do planeta estejam conectadas à internet em 2015. Será que é
possível reduzir significativamente o abismo digital entre ricos e pobres em
uma década?

Provavelmente não, pois há muita desigualdade econômica-social no mundo.
Como já foi discutido aqui, a inclusão digital tem um tripé que compreende
acesso à educação, renda e TIC’s. Assim, é preciso desenvolver a inclusão
social nos povos afim de alcançar a inclusão digital. Ter acesso a Internet
significa acesso a um vasto banco de informações e serviços, este acesso
precisará ter um custo mais baixo, caso contrário, somente pessoas com maior
poder aquisitivo poderão se beneficiar deste acesso.

O Mapa da Inclusão Digital no Brasil e no Mundo

Documento explora papel das tecnologias como capacitadoras
Fonte: http://www.pautasocial.com.br/pauta.asp?idPauta=6897

Por ocasião da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (WSIS) em
Túnis, de 16 a 18 de novembro de 2005, a Alcatel (CGEP: PA e NYSE:
ALA), líder mundial em soluções para telecomunicações, e a Maplecroft,
empresa de consultoria especializada em responsabilidade corporativa,
lançaram um mapa global sobre o acesso às tecnologias da informação e
comunicação (ICT). Esse mapa explora o papel destas tecnologias como
capacitadoras do desenvolvimento social e econômico, especialmente
quanto à sua contribuição para as Metas de Desenvolvimento do Milênio
da ONU.

O mapa global da inclusão digital de 2005 faz parte da série de Mapas
Globais da Maplecroft - uma vasta fonte de dados e análises que cobrem
30 assuntos ligados ao desenvolvimento sustentável - e áreas de risco
e oportunidade para os negócios.

A Alcatel está comprometida com o desafio imposto pela exclusão
digital. Esse mapa apóia o objetivo da empresa de promover a inclusão
por meio das tecnologias da informação e comunicação, tanto em nações
em desenvolvimento quanto em regiões ou comunidades isoladas de países
desenvolvidos.

Como uma referência em telecomunicações no mundo emergente, a Alcatel
propõe soluções inovadoras, baseadas em necessidades locais claramente
identificadas, que combinam tecnologias, serviços e financiamento
através de parcerias com atores locais. O acesso a serviços de
telefonia móvel assim como a serviços de internet em banda larga, com
alta qualidade e a custos mais competitivos, são os pilares da
estratégia da Alcatel no mundo emergente.

O mapa global da inclusão digital

Produzido pela Alcatel e a Maplecroft, o mapa representa 178 países
diferenciados por cores de acordo com um dos quatro níveis distintos
de acesso digital - como apresentado no Indicador de Acesso Digital da
UIT. O mapa também descreve os benefícios mútuos de um engajamento
para promover a inclusão digital e como as companhias podem trabalhar
em parceria com outras partes interessadas para alcançar níveis
melhores de acesso digital para todos os segmentos da sociedade.
Evidências do engajamento da empresa na África, nas Américas, Ásia,
Oceania e Europa são apresentadas juntamente aos estudos de caso que
destacam o vasto leque de benefícios e oportunidades para todos os
envolvidos.

http://alcatel.maplecroft.com/digital e http://maps.maplecroft.net/digital.

Desafios da Inclusão Digital

Segundo o Wikipédia, a enciclopédia livre, "designa-se por inclusão digital alguns projetos e ações que facilitam o acesso de pessoas de baixa renda às Tecnologias de Informação e Comunicação (as chamadas TIC). " Neste contexto, quais os defafios que a sociedade enfrenta e irá enfrentar para alcançar a inclusão digital em nosso país?

No site, o autor aborda reflexões muito interessantes sobre o tema, no qual deixa muito claro que para alcançar a meta de inclusão digital são necessários desenvolver Os Três Pilares da da Inclusão Digital, que se relacionam conjuntamente: TIC’s (Tecnologias de Informação e Comunicação), renda e educação. Afirma ainda: “... sem qualquer um desses pilares, não importa qual combinação seja feita, qualquer ação está fadada ao insucesso.

De fato, muitas mudanças estão acontecendo, no âmbito empresarial por exemplo, as TIC’s têm causado mudanças positivas tais como: propiciando ambiente competitivo as mais variadas instituições; promovendo o declínio de custos de processamento; motivando a erosão geográfica e de produtos; influenciando o planejamento e redesenhando organizações. Sem dúvidas que existen aspectos negativos como: o redesenho de algumas profissões, a diminuição de alguns postos de trabalho tradicionais. Ainda assim, novos negócios estão surgindo e se voltam para um aumento de qualidade dos produtos em geral.

E no âmbito do Individuo, das pessoas, como a inclusão digital e as TIC´s se apresentam? Quantos brasileiros possuem computador pessoal em suas residências? Quantos possuem linha telefônica? Vejamos alguns dados sobre os custos para se ter TIC no Brasil. Para ter um computador pessoal, são necessários aproximadamente os seguintes custos:

– Custo PC R$ 1.300,00 (à vista)
– Financiado (24X ~R$95,00) = R$ 2.280,00 (7,6 salários mínimos)

Para ter acesso a Internet (com o uso modesto da linha telefônica):

– Tarifa básica (ex. Telemar R$ 40,00)
– Acrescente algumas ligações telefônicas ao longo do mês
– Tarifa entre R$ 50,00 a R$ 60,00 (banda larga) 256Kb/s a 300Kb/s
– Usando provedor gratuito
– Total: ~ R$ 110,00 (mensal)

Quem consegue manter esse custo mensal? Além da necessidade da aquisição do computador são necessários manter uma linha telefônica para ter acesso a internet. Existe outras formas como o acesso a cabo, wireless, etc., mas estes são ainda mais caros que a linha telefônica.

Complementando esse assunto, vejamos alguns dados fornecidos pela Fundação Getúlio Vargas – RJ, Abril/2003, citadas no site.

12% dos brasileiros têm computador em suas residências e pouco mais de 8% encontram-se conectados à Internet. "É visível que a maioria da população brasileira, i.e. aproximadamente 90%, encontra-se excluída do desfruto das tecnologias da era digital." Mostra-se que aproximadamente 35% da população com 8 a 12 anos de estudo possuem computador e acesso a Internet enquanto esse percentual cai até quase 6% para aqueles que têm apenas de 1 a 4 anos de estudo.

É possível a inclusão digital auxiliar no processo de inclusão social, mas para isso: “é preciso haver inclusão social uma vez que esta depende de dois fatores essenciais que compreendem renda e educação. Estes dois fatores, por sua vez, juntamente com as TIC’s constituem os pilares da inclusão digital.

Portanto, quais os desafios?

É preciso que os formuladores de política pública do governo percebam que a exclusão sócio-econômica desencadeia a exclusão digital ao mesmo tempo que a exclusão digital aprofunda a exclusão sócio-econômica.

A inclusão digital deveria ser fruto de uma política pública com destinação orçamentária a fim de que ações promovam a inclusão e equiparação de oportunidades a todos os cidadãos.

Neste contexto, é preciso levar em conta indivíduos com baixa escolaridade, baixa renda, com limitações físicas e idosos.


Uma ação prioritária deveria ser voltada às crianças e jovens, pois constituem a próxima geração. Só que para essa ação traga resultados, torna-se necessário repetir que é preciso uma ação orquestrada.” No sentido das esferas do governo Federal, Estadual e Municipal.