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10 de nov. de 2011

Quase


Achei fantástico esse poema chamado

 QUASE
Ainda pior que a convicção do não,
e a incerteza do talvez,
é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda,
que me entristece, que me mata trazendo
tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu ainda está vivo,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca
sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor,
está estampada na distância e frieza dos sorrisos, 
na frouxidão dos abraços, 
na indiferença dos “Bom Dia” quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses
fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, mas não
são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao
alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos
somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à duvida da
vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que
sonhando, 
fazendo que planejando, vivendo que esperando
porque embora quem quase morre está vivo,
quem quase vive já morreu.


(Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas que ele mesmo diz ser de Sarah Westphal Batista da Silva, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo)

27 de mar. de 2008

É difícil lidar com pessoas?

Começo a escrever agora, de forma experimental, um pouco sobre coisas que vivo no meu cotidiano. Sinta-se a vontade para comentar, criticar e sugerir. Trata-se de relatos vivenciados.

Por mais que sejamos bons profissionais, por mais que nos relacionamos bem com nossos amigos e as pessoas do dia a dia, talvez, ou melhor, é provável que algum momento teremos dificuldade em lidar com as pessoas. Por que temos tal dificuldade? O que é preciso fazer para lidar da melhor maneira com as pessoas?

Normalmente as pessoas querem ser reconhecidas ou elogiadas por suas ações, isso agrada muito a qualquer um. Mas receber críticas ou intervenções na vida pessoal e profissional não são muito bem aceitas. É difícil receber críticas. Quem gosta de ser criticado? Se a crítica for construtiva normalmente aceitamos bem, mas ainda assim, no começo não é muito agradável. Já um elogio, bem, esse é bom. Mas não podemos confundir elogio com a paparicação ou "puxa saquismo", que tem a ver com a bajulação, que normalmente não são bem aceitas pelas pessoas.

Paciência é uma virtude? De fato, já me vi em certas situações onde não consegui pensar direito, e portanto, não agi de forma racional. Vou lhes contar um exemplo disso.

Minha filha estava em um daqueles dias difíceis, chorando por "motivos bobos", talvez eu não tenha percebido os motivos reais, ou ainda, minhas atitudes pudessem ser uma das possíveis causas também, enfim. Mas o fato é que ela não parava de chorar, resmungar entre outras coisas. Isso estava me deixando angustiado e um pouco bravo. Quem gosta de ficar escutando choro de criança? Então, após falar de forma firme com ela, só ouvia mais choro.

Minha vizinha ouviu os choros e gritou o nome dela... então um silêncio tomou conta do ambiente - temporariamente. Após a vizinha tentar novamente falar, eu respondi dizendo que era eu que estava ali, mas ela queria saber o que estava acontecendo e tal. Foi neste momento que perdi a minha postura e minha filha começou o choro novamente. Minha vizinha quis interferir na conversa que eu estava tendo com minha filha, então perdi a minha consciência e razão e "pedi" para não se intrometer. Falei de forma rude, como se fosse descontar a raiva toda que estava vivenciando. Logo percebi que havia agido muito errado. Fiquei arrependido. Procurei mais tarde minha vizinha e pedi desculpas pela minha atitude. Ela me perdoou dizendo que só ficou preocupada, pois não sabia se era eu ou a minha empregada. Agradeci e novamente me desculpei.

Com certeza cometi um grande erro ao agir desta forma. Primeiro por não saber lidar com minha filha, segundo por agir pela emoção me comportando de forma errada com minha vizinha, que além de não ter culpa de nada, só tinha intenção de proteger minha filha e ajudar. Diante de situações como esta, devemos tirar lições importantes, tais como:
  • Pensar antes de agir;
  • Mediar as reações considerando aspectos racionais;
  • Tentar corrigir o problema imediatamente.
Qual a grande lição disso?
Ainda estou tentando descobrir respostas, mas acho que tem relação com reflexões sobre qual é o meu papel na familia e do exemplo que estou passando, do que quero passar também para minha filha. Então, espero errar menos na próxima! :)