16 de jun. de 2008
Chuvas em Olinda, PE (Brasil): alaga ruas
Veja a foto da minha rua...
Acredito que a prefitura de Olinda tem parte da culpa por não tomar ações de prevenção apropriada.
12 de jun. de 2008
Técnicas que ajudam a criar produtos "criativos"
Realizamos alguns estudos acerca do nosso público alvo e identificamos que existe oportunidade de mercado relevante e em crescimento neste setot. Realizamos as seguintes atividades:
- Pesquisa bibliográfica;
- Identificamos nossas questões de pesquisa;
- Escolhemos algumas metodologias direcionadas para pesquisas qualitativas
- Realizamos entrevistas com nosso público alvo;
- Fizemos categorização dos dados das entrevistas;
- Realizamos análise dos dados;
- Utilizamos técnicas para geração de idéias;
- Criamos um protótipo
Público alvo:
- Usuários seniores
- Faixa-etária à partir de 60 anos;
- Ambos os sexos
- Qualidade de vida
- Socialização
- Fatores físicos
- Fatores psicológicos
- Suporte a terceira idade
- Informática na terceira idade
- Acessibilidade
- Como os seniores se divertem?
- Como os seniores ocupam seu tempo?
- Como os seniores atuam/interagem?
- Como os seniores convivem com a tecnologia?
- Como os seniores se sentem manuseando objetos tecnológicos pela primeira vez?
Entrevista com especialistas:
- Realizados com idosos da UnATI e SESC/Santo Amaro
- dois especialistas
- Realizamos com idosos da UnATI e SESC/Santo Amaro
- Oito idosos
Validação com teste de usabilidade;
- Grupo focal irá validar o protótipo (ainda não realizado)
- Profissionais e alunos da UnATI
Utilizamos a ferramenta NVivo 7 para organizar a massa de dados das entrevistas. Na prática, a gente precisa transcrever o diálogo e depois analisar as falas procurando criar categorias dos assuntos chaves. É deste processo que obtemos um conjunto de categorias. A figura abaixo apresenta algumas das categorias e a quantidade de repetições no diálogo.
Reunião da equipe
Para realizar o processo de criação, a equipe se reuniu para debater as categorias e partir para uma análise dos dados. A figura 2 mostra a equipe reunida com esse propósito.
Neste momento executamos as seguintes atividades para análise dos dados:
- Bondary Analysis: Linhas de limites graduadas; Distâncias dos tópicos em relação ao problema central determina seu valor de influência em relação ao ponto central (jogos)
- Listagem (Listing): complemento da técnica anterior. Auxilia na ordenação destes aspectos do problema por prioridade dentro do projeto.
- Plano de posicionamento; em paralelo às técnicas de listagem e Boundary Analysis, otimiza a compreensão do problema em relação a sua natureza; Otimiza o processo e concepção e tomada de decisão.
- Eixo X esquerda (representa tendência para a problemática do indivíduo),
- Eixo X direita (representa tendência para problemática da tecnologia),
- EixoY baixo (problemática prática);
- Eixo Y cima (problemática psicológica).
Curiosidade foi que a maioria dos nossos tópicos não foram relativo a problemas tecnológicos, mas sim relacionado a problemáticas psicológica e práticas daqueles indivíduos investigados. Essa constatação moldou a nossa solução, sem considerar achismos ou opiniões pessoais.
Para geração de idéias
Técnicas utilizadas:
- Brainstorm: Geração inicial de idéias
- Mind mapping: Relacionamentos Refinamento
Nesta fase a equipe produziu várias idéias (boas e nem tanto). Isso ajudou a perceber caminhos para chegar numa solução - nosso jogo. Observamos que tal jogo deveria provocar estímulos (visuais, sonoros) nos idosos para ativar a memória, além de remeter lembranças. O jogo também precisa ter um objetivo e ter um vencedor.
O protótipo
As principais características foram:
- Número de pessoas (3 a 10 jogadores)
- Diversos temas: Canto; Estória; Cultura, etc.
- O jogo termina quando um jogador consegue 3 cartas com símbolos iguais
O protótipo do jogo possui uma caixa de controle, no qual possui controles para distribuição das cartas além do botão de controle de rodadas dos jogadores. Fez-se necessário atualizar a cara do protótipo, pois os estílos visuais estavam faltando.
Conclusões
- Idosos possuem os mesmos interesses, embora com necessidades diferentes;
- O jogo pode ser usado para Atividades relacionadas à socialização (encontros presenciais);
- O jogo criado remete a momentos de prazer dos idosos, focando na melhoria da qualidade de vida.
Recomendo que engenheiros de software façam isso em suas linhas de produção de software antes de planejar um produto. Pois assim, pode ter certeza que você estará levando em consideração o usuário final, e não opiniões de programadores em geral, acerca de alguma solução.
Créditos desse trabalho também se devem:
Ana Carina M. Almeida
Ângelo Lins
Arnaldo Barreto
Douglas Daniel Del Frar - sou EU :)
Edgar Neto
João Henrique
Luiz Henrique Costa
Raphael Barros
Vânia Lourenço
Professores Alex e Carina, além de meus colegas da turma.
Obrigado!
17 de abr. de 2008
Um ser que envelhece : impactos psicológicos
Estive pesquisando um pouco sobre os aspectos psicológicos quando envelhecemos para um trabalho no mestrado, o resultado segue na integra:
No decorrer da vida a questão essencial é viver bem, o que é largamente aceita pelas pessoas. No entanto, percebe-se maior atenção a essa questão quando as pessoas se dão conta que a vida não dura para sempre. É justamente na fase da velhice que tais questões vêm a tona com maior impacto psicológico nestes sujeitos. Quais as problemáticas dessas questões nesta fase da vida e como isso afeta o dia a dia dos idosos?
Partindo de uma analogia com à letra da música Não Vou Me Adaptar [1], podemos perceber a problemática psicológica que existe sobre a passagem do tempo e suas implicações na subjetividade humana.
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Não Vou Me Adaptar Titãs Composição: Arnaldo Antunes | |
“Eu não caibo mais | Retrata a passagem da fase infantil em direção à vida adulta. O adolescente se sente abandonado pelo adulto (seus pais) e essa é a crise adolescente. |
“Será que eu falei | Não entende e não se faz entender naquilo que ele queria dizer. |
“Eu não tenho mais |
Duas implicações psicológicas aqui: |
“Será que eu falei | |
“Não vou! | A resistência humana em aceitar a morte. Que basta nascer para começar a caminhada ao fim. |
Em seu trabalho, Mello [2] aborda os aspectos psicológicos do envelhecimento e suas relações com alguns fatores históricos da velhice na modernidade:
“Desaparecimento do princípio unificador do universo: A desmontagem do mundo medieval culminou em um desencantamento do mundo.” Tudo era explicado por preceitos concebidos pela religião e suas verdades inqüestionáveis.
“Tempo de rupturas - Teocentrismo /Antropocentrismo – Laicização.”
“Idade Média - Conhecer os deuses para alcançar o céu.”
“Séc. XVI - Começa a criar a possibilidade de construir um mundo mais confortável - Razão Instrumental Exata – Ciência” As afirmações de Galileu Galilei desencadeiam novas percepções para a ciência.
“Projeto moderno: Conhecer a natureza para colocá-la a seu serviço.”
Esses fatores históricos nos custaram um preço perceptível hoje tais como [2] a desvalorização da autoridade do passado, a quebra de tradição. Envelhecer tornou-se inconcebível, pois o desejo de transformar o homem em imortal, belo e poderoso agora torna-se um projeto fracassado. Além disso, houve a “extinção” do espaço público, priorizando o espaço do privado, ênfase ao individualismo e da morte do paraíso terrestre.
Como conseqüências da modernidade segundo Mello [2] temos:
Império do Efêmero
Consumismo: Ênfase no ter e não no ser
Busca frenética pelo prazer: Hedonismo
Individualismo: Emergência do Narcisismo
Culto ao corpo: Mito da “eterna juventude”
Sobrepujança do novo
Sociedade dos descartáveis: “peças”
Medo da morte / velhice
Perversidade
Segundo Mello, outros fatores como a perda do sentido da continuidade histórica: Guerra à tradição; a banalização do sexo e da violência; a submissão ao império da tecnologia; a valorização da memória informativa e desvalorização da memória evocativa; a espolitização.
Temos ainda em uma sociedade industrial capitalista, a produção e o consumo são os divisores de águas para legitimar os espaços sociais que a pessoa ocupa; a necessidade de valorização, de ser admirado pela beleza, pela celebridade e pelo poder, tornam o envelhecimento intolerável; imperativo da juventude; era do vazio: busca individual pelo sentido da existência.
Todos esses fatores são conseqüências da modernidade frente a sociedade, impactando o psicológico das pessoas, sentido principalmente na fase da velhice. Destacam-se aqui os problemas da desvalorização da memória evocativa, o culto ao corpo e a busca pelo poder. Para as pessoas que envelhecem diante de uma sociedade moderna tal como essa, torna-se difícil lidar com essa problemática.
A memória evocativa para os idosos por exemplo, têm apego maior para esses indivíduos por terem vasta experiências de vida. Existe o desejo de compartilhar tais experiências com os outros, pois isso é uma tentativa de se sentirem valorizados por seus atos passados ou presentes, mas são poucas as pessoas que gostam de escutar histórias de idosos. Normalmente são os netos e seus colegas de uma mesma faixa etária que compartilham dessas experiências. Falta paciência dizem alguns.
O culto a beleza ao corpo é aceita na sociedade moderna, mas é na fase da velhice que percebemos as principais mudanças no corpo, e as menos lembradas, rugas, cansaço, cabelos brancos, perda de massa muscular, entre outros problemas físicos. Isso indica para o sujeito que o fim está próximo e o seu corpo está dando o sinal de alerta, manifestando-se em mudanças biológicas e físicas, limitações e doenças estão mais presentes nesta fase. A imagem imposta pela mídia e a cultura da sociedade moderna entra em conflito com os resultados e desejos de continuar a viver, mas continuar a ser bonito, forte como era no passado.
Outro aspecto importante é a busca por poder. Para os idosos que tem dinheiro costuma-se aceitá-los na sociedade por sua influência de poder. Mas se não tiver dinheiro, há bastante preconceitos entre seus semelhantes e a sociedade. Há de se considerar que mesmo aqueles que tem bens e posses, conseqüentemente poder, não ficam excluídos de problemas psicológicos, pois se sentem infelizes diante da questão da morte e aspectos pessoas de suas histórias e expectativas.
Mello apota três saídas [2] que hoje são percorridos nas tentativa de enfrentar as problemáticas psicológicas do envelhecimento:
“Aquele que tem muito tempo de existência, gasto pelo uso, desusado”. Objeto da piedade e compaixão. Pólo oposto da exacerbação do culto ao eu, legado máximo dos tempos modernos.
“A Modernidade justifica as práticas capitalistas e afirmam a individualidade saudável”. Consumidor ávido das ilusões da modernidade.
“Posição crítica frente ao consumismo selvagem.” O sujeito não é submisso aos códigos da modernidade, nem tampouco é um consumidor de ilusões. O sujeito é construtor de sua própria “OBRA” - Vida autêntica.
Um ser que envelhece (Envelhe Ser)
Para entender melhor os aspectos psicológicos envolvidos podemos tentar entender o que é envelhecer. Alguns aspectos comuns [2] [3] sobre esse entendimento dizem despeito: a capacidade de dar sentido à existência; resignificação das perdas normais e patológicas; conjunto de significados construídos ao longo da existência.
Geralmente o processo de interiorização do envelhecimento é visto como algo negativo. Estas imagens, a princípio distantes da realidade, passam a ser auto-imagens negativas quando se envelhece. Distância abismal entre o desejo e a representação.
Para Mello [2] O envelhecimento é a própria existência se constituindo. Vamos sendo enquanto envelhecemos, vamos ENVELHE-SENDO e na medida em que somos, envelhecemos. Citado um comentário anonimo: “Mesmo a extrema falta de liberdade física e mesmo o desespero existencial não logram privar o homem da liberdade de decidir, além e acima do presente, o que ele virá a ser no futuro” Abordar a experiência existencial do envelhecer é resgatar, na pessoa do velho, o homem na sua totalidade. E identificar-se com ele.
O grande impacto psicológico que percebemos é aceitar a morte e a descontinuação da vida. Isso não é aceito naturalmente e por essa razão temos diferentes problemáticas vivenciadas, principalmente nas fase do envelhecimento, cujo conflitos se agregam diante de uma sociedade moderna que vê o idoso como “algo descartável”.
[1 ] A. Antunes, “NÃO VOU ME ADAPTAR letra (Titãs) ♫”; http://letras.terra.com.br/titas/48986/.
[2 ] M.D. Mello, “Aspectos Psicológicos do Envelhecimento”; http://www.ciape.org.br/matdidatico/mariademello/psicolog_env.ppt.
[3 ] A. OLIVEIRA, “Aspectos psicológicos do envelhecimento,” Universidade Federal de Uberlândia (UFU), 2002.
31 de mar. de 2008
Estar casado...
ESTAR CASADO...
...para sempre
...seguir os mesmos caminhos
...criar apelidos carinhosos!
...harmoniosamente, fazer compras
...escolher o programa de TV de uma maneira democrática
...ter direito a tudo
...dar-lhe as pantufas quando ele chega em casa
...sempre pensando nela!!
...trabalhar até mais tarde!
...sempre esperando que ele chegue em casa!
...tomar banho juntos
Te contaram isso antes?
Não?!?!?
Nem pra mim!!!
Então, o que achou? Eu recebi de minha esposa. :) É claro que estar casado é ser cúmplice um do outro, aceitar as diferenças e praticar a tolerância. Bem, curtir em família os acontecimentos bons e ruins além dos prazeres da vida.
27 de mar. de 2008
É difícil lidar com pessoas?
Por mais que sejamos bons profissionais, por mais que nos relacionamos bem com nossos amigos e as pessoas do dia a dia, talvez, ou melhor, é provável que algum momento teremos dificuldade em lidar com as pessoas. Por que temos tal dificuldade? O que é preciso fazer para lidar da melhor maneira com as pessoas?
Normalmente as pessoas querem ser reconhecidas ou elogiadas por suas ações, isso agrada muito a qualquer um. Mas receber críticas ou intervenções na vida pessoal e profissional não são muito bem aceitas. É difícil receber críticas. Quem gosta de ser criticado? Se a crítica for construtiva normalmente aceitamos bem, mas ainda assim, no começo não é muito agradável. Já um elogio, bem, esse é bom. Mas não podemos confundir elogio com a paparicação ou "puxa saquismo", que tem a ver com a bajulação, que normalmente não são bem aceitas pelas pessoas.
Paciência é uma virtude? De fato, já me vi em certas situações onde não consegui pensar direito, e portanto, não agi de forma racional. Vou lhes contar um exemplo disso.
Minha filha estava em um daqueles dias difíceis, chorando por "motivos bobos", talvez eu não tenha percebido os motivos reais, ou ainda, minhas atitudes pudessem ser uma das possíveis causas também, enfim. Mas o fato é que ela não parava de chorar, resmungar entre outras coisas. Isso estava me deixando angustiado e um pouco bravo. Quem gosta de ficar escutando choro de criança? Então, após falar de forma firme com ela, só ouvia mais choro.
Minha vizinha ouviu os choros e gritou o nome dela... então um silêncio tomou conta do ambiente - temporariamente. Após a vizinha tentar novamente falar, eu respondi dizendo que era eu que estava ali, mas ela queria saber o que estava acontecendo e tal. Foi neste momento que perdi a minha postura e minha filha começou o choro novamente. Minha vizinha quis interferir na conversa que eu estava tendo com minha filha, então perdi a minha consciência e razão e "pedi" para não se intrometer. Falei de forma rude, como se fosse descontar a raiva toda que estava vivenciando. Logo percebi que havia agido muito errado. Fiquei arrependido. Procurei mais tarde minha vizinha e pedi desculpas pela minha atitude. Ela me perdoou dizendo que só ficou preocupada, pois não sabia se era eu ou a minha empregada. Agradeci e novamente me desculpei.
Com certeza cometi um grande erro ao agir desta forma. Primeiro por não saber lidar com minha filha, segundo por agir pela emoção me comportando de forma errada com minha vizinha, que além de não ter culpa de nada, só tinha intenção de proteger minha filha e ajudar. Diante de situações como esta, devemos tirar lições importantes, tais como:
- Pensar antes de agir;
- Mediar as reações considerando aspectos racionais;
- Tentar corrigir o problema imediatamente.
Ainda estou tentando descobrir respostas, mas acho que tem relação com reflexões sobre qual é o meu papel na familia e do exemplo que estou passando, do que quero passar também para minha filha. Então, espero errar menos na próxima! :)